ESCÂNDALO AMBIENTAL EM MANICA: Empresa de Jacinto Nyusi Suspensa pela IGREME por Poluição de Rios
A Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e Energia (IGREME) tomou uma decisão de grande impacto na província de Manica: suspendeu as atividades de uma empresa ligada a Jacinto Nyusi, filho do antigo Presidente da República, Filipe Nyusi, devido a graves denúncias de poluição dos rios locais.
Segundo informações avançadas por fontes próximas ao processo, a medida surge após sucessivas queixas das comunidades ribeirinhas, que têm vindo a denunciar a contaminação das águas usadas para consumo, agricultura e pesca. Moradores relatam que a cor e o cheiro dos rios alteraram-se de forma drástica desde que a empresa iniciou operações, afetando diretamente a saúde pública e a sobrevivência das famílias que dependem desses recursos.
A IGREME, no exercício das suas funções de fiscalização, confirmou as irregularidades ambientais e ordenou a suspensão imediata das atividades da empresa até que sejam implementadas medidas corretivas. Especialistas envolvidos no processo alertam que os danos ambientais podem levar anos a ser revertidos se não forem tomadas providências urgentes.
O caso ganha contornos ainda mais delicados por envolver o nome de Jacinto Nyusi, herdeiro de uma das figuras mais influentes da política moçambicana. Esta situação reaviva debates em torno da ligação entre poder político e negócios privados, levantando questões sobre a fiscalização e transparência em setores altamente lucrativos como o da mineração.
Enquanto isso, as comunidades afetadas exigem não apenas a suspensão, mas também compensações pelos prejuízos já causados, incluindo a perda de fontes de água potável, a redução na produção agrícola e o desaparecimento de espécies aquáticas.
🔍 A decisão da IGREME pode marcar um precedente histórico no setor da mineração em Moçambique, demonstrando que mesmo empresas associadas a figuras com forte influência política podem ser responsabilizadas quando colocam em risco o meio ambiente e a saúde pública.
👉 Resta agora saber se as autoridades irão manter a firmeza desta decisão ou se, como já aconteceu em outros casos, haverá recuos sob pressão política e económica
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