Quais Energias?”: Cumbana Questiona os Anciãos do Poder em Moçambique
Em mais uma das suas análises contundentes, Damião Cumbana voltou a colocar o dedo na ferida do sistema político moçambicano. Ao comentar a atuação do Conselho de Estado — órgão consultivo do Presidente da República — o jurista não poupou críticas à idade avançada dos seus membros.
> “Juram servir o Estado moçambicano com todas as suas energias… Mas, afinal, quais energias? A idade é uma coisa que não se pode contrariar.”
A frase, tão provocadora quanto realista, ecoa um sentimento crescente entre os jovens do país: o de que Moçambique vive um paradoxo geracional. Enquanto a população é maioritariamente jovem, os cargos de poder continuam ocupados por figuras que ultrapassaram há muito o auge físico e intelectual.
Num país onde “experiência” muitas vezes serve de sinónimo para “imobilismo”, a crítica de Cumbana reabre a discussão sobre renovação política, inclusão de jovens e reconfiguração das estruturas do Estado.
Será que estamos mesmo a ser guiados por quem tem forças para empurrar o país para frente? Ou estamos presos a um sistema que se alimenta da eternização de figuras, mesmo quando o tempo já as aconselha a reformar-se?
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